O oxigênio que esta na atmosfera não esta todo ele no
estado gasoso, parte dele ta na forma de vapor de água.
Sendo assim, existe uma pressão em torno de 47 mmHg, que
á a pressão de vapor d’agua.
Que quando diminuído de à
21 x (760-47) = Pressão de Oxigênio na Atmosfera.
Isso é uma media ponderada. Na atmosfera existe
nitrogênio, oxigênio e outros gases. Esses outros gases são excluídos porque
seu total só da 1%. Então, 79% é nitrogênio, só que, a pressão total da amostra
acima é 760, a pressão de nitrogênio é 760 x o seu percentual. Enquanto que o
de oxigênio é 760 menos o seu percentual, que é 21.
Só
que o oxigênio não esta todo na forma gasosa, parte dele está na forma de vapor
d’agua, sendo assim, é preciso diminuir a pressão de vapor d’agua, porque esse
“valor” não vai ser utilizado para a troca.
PO2atm = 21% x(760-47)
Sendo assim, se ao nível do mar há 760 mmHg no total, vai
ser subtraído dele o vapor d’agua que é 47 à 760-47=713
713 multiplicado por 0,21 (que é 21% transformado) à
PO2atm = 713x0,21= 149,73. Arredondando = 150
Esse valor, 150, é a quantidade de O2 que tem na entrada
do ar pelas vias aéreas.
Mas todo esse oxigênio que está presente no começo da via
área não vai participar da troca gasosa, isso ocorre por que:
- Nem todas as unidades alveolares que o oxigênio vai
chegar serão capazes de realizar troca, porque não vai ter sangue chegando,
devido ao espaço morto.
- Parte desse oxigênio fica nas traqueia, vias aéreas
superiores, nos bronquíolos terminais...
E
além disso, parte desse oxigênio vai se misturar, se diluir, porque no interior
do sistema respiratório fica um certo gás retido. Existe uma certa quantidade
de um gás que fica dentro do sistema respiratório depois que termina de exalar.
Isso quer dizer que esse valor de oxigênio, 150, não vai
chegar todo no alvéolo, vai chegar um pouco menos. Porque parte desse oxigênio
vai ficar retido no trato respiratório, em estruturas que não tem troca e parte
desse oxigênio vai se MISTURAR COM O DIÓXIDO DE CARBONO.
A
quantidade de O2 que chega ao alvéolo:
Quando se está respirando existe uma certa pressão
inspirada do oxigênio que é a Fração Inspirada do Gás (FiO2) à
FiO2 = 21% no ambiente; Multiplicado pela Pressão Atmosférica menos a Pressão de
Vapor D’agua
PiO2 = FiO2% (Patm
– PH20)
Essa pressão inspirada não é a mesma que chega no
alvéolo, essa pressão inspirada de oxigênio é diferente da Pressão Alveolar de
O2.
PiO2 ≠ PAO2
Eles são diferentes porque parte dessa pressão inspirada
vai ser misturada com o Dióxido de Carbono e perdido no espaço morto.
Sendo assim a Pressão Alveolar de Oxigênio é igual a Pressão
Inspirada de O2 menos o que dilui (PaCO2) sobre a relação alveolar e espaço
morto (QR):
PAO2 = PiO2 – PaCO2
QR
QR = Coeficiente Respiratório à QR = VD (ventilação
no espaço morto)
VT (ventilação total)
Quanto menor for o coeficiente respiratório menor é o
espaço morto e maior é a ventilação total.
A pressão que esta dissolvida na entrada do sistema
respiratório é a entrada de Oxigênio, mas nem todo esse gás disponível na
entrada do sistema respiratório chega no alvéolo, por tanto essas pressões são
diferentes.
Elas
não são iguais porque da pressão inicial é diluída uma parte e alguma parte é
perdida ao longo do trato respiratório.
O QR
tem um valor padrão que é de 0,8.
Sendo assim: PiO2 = FiO2 (Patm – PH20) à
PiO2 = 0,21 (760 – 47) à
PiO2 = 150
PAO2 = PiO2 – PaCO2
QR
O CO2 é um gás importantíssimo no que diz respeito a
manutenção da homeostasia. O CO2 é um subproduto do metabolismo, se o
metabolismo esta aumentado a produção de CO2 é maior.
O CO2 em excesso dentro da corrente sanguínea vai reagir
com água e vai formar um acido, chamado de acido catabólico.
Sendo
assim, quando tem muito CO2 o pH fica mais acido, porque, quanto mais CO2 mais
vai haver formação de acido carbônico e vai se tornar mais acidosico o pH.
A
acidose não é boa pra célula, uma célula submetida a uma acidose extrema pode
morrer.
Então, se tiver muito CO2 vai ter muita acidose e muita
morte celular.
A
manutenção do equilíbrio celular se dar, entre outras coisas, pela manutenção
de CO2 no nível normal.
Um acido fraco, volátil, fica pouco tempo livre dentro de
uma solução, desde que nela exista uma base conjugada forte. E toda vez que um
ácido fraco reage com uma base conjugada forma um SAL, e acaba neutralizando o
sistema.
E toda vez que uma solução for composta por um acido
fraco e uma base conjugada forte é chamada de solução TAMPÃO.
Assim, nosso organismo é repleto de solução TAMPÃO, para
poder evitar desequilíbrios brutos de pH.
A
base conjugada forte do CO2 é o Íon Bicarbonato. Então, nossos íons acabam
produzindo mais bicarbonato toda vez que nosso organismo não consegue eliminar
muito CO2.
O problema é que a velocidade não é a mesma, o CO2 pode
se acumular muito rápido e o bicarbonato ruim pode não compensar tanto.
A
compensação renal desses desequilíbrios de ventilação é de, em media, de 2 a 3
dias para acontecer. Isso pode ser suficiente para o individuo ir a óbito.
Só
que quem tem desequilíbrios contínuos, mas não muito graves acabam se
acomodando com o passar do tempo.
Enfisema pulmonar é uma doença gasosa que o individuo não
consegue ventilar bem, porque os alvéolos estão destruídos, parecem grandes
bolhas e o resultado disso é o tórax hiperinsuflado, repleto de ar e volume residual,
que é rico em gás carbônico, e devido a isso, esse pct com o passar do tempo
tem aumento da quantidade de CO2 e com o passar do tempo vai ter ACIDOSE que
com o passar do tempo acaba sendo compensado com uma ALCALOSE (sendo que, uma
alcalose renal) – chamada de metabólica.
O DPOC se caracteriza por uma insuficiência respiratória
de ventilação, tendo como característica a elevação de CO2, tendo uma
insuficiência respiratória do TIPO 2, chamada de HIPERCAPINICA.
Dentro da corrente sanguínea
deve ter de CO2:
A pressão arterial de CO2 normal de um individuo é uma
variação entre 35 e 45.
PaCO2 = 35 – 45
mmHg (PADRÃO)
Tendo uma media de 40!
O valor normal é 40, mas a faixa aceitável de variação é
entre 35 e 45.
Sendo assim:
PAO2 = PiO2 – PaCO2
à 713 x 0,21 – 40 à
150 – 50 = 100 à
PAO2 = 100 (NORMAL)
QR 0,8
Ou seja, tem 150 na entrada da respiração mas só 100
chega ao alvéolo.
Quando
falta oxigênio dentro do alvéolo, ou quando tem pouco, o capilar se estreita,
vasoconstringe. O endotélio capilar pulmonar ele responde com constricção toda
vez que ele é submetido a hipóxia. Isso é chamado de vasoconstricção hipóxia.
Para que tenha troca gasosa é preciso ter ventilação e
circulação, perfusão. Não adianta ter perfusão em um alvéolo que não tem boa
ventilação, daí ele constringe para não ficar um espaço morto e vai para outra
região que tenha boa troca. Só que quando ele faz isso e todos os alvéolos são
hipoxemicos ai constringe todos os vasos; quem joga o sangue para o pulmão é
ventrículo direito, o VD tem menos músculos do que o VE, porque ele não esta
acostumado com pressão; quando os alvéolos estão fechados vai haver uma grande
pressão deixando o músculo hipertrofiado; ocasionando uma hipertrofia cardíaca
direita, insuficiência cardíaca direita, que é chamado de CORPULMONALE.
Ai
quando isso acontece, dão oxigênio de exagero para o doente, ai os capilares
vão se abrir, só que dentro do alvéolo tem muito CO2, quando tem muito CO2
acumulado, ele volta para o capilar e ai vai haver uma HIPERCAPINIA, deixando
mais acidose.
Por isso tem que dar O2 para os pacientes de DPOC em
doses pequenas.
Os
primeiros sintomas de quem tem HIPERCAPINIA é sonolência e perda do drive
respiratório.
O que vai ajudar o DPOC a ventilar melhor são os
Ventiladores Não Invasivos.
É
necessário monitorizar sempre a PaO2.
A forma mais simples de
monitorar a oxigenação de um paciente é pelo Oximetrio de Pulso (ele monitora a
circulação periférica da mão, por isso ele é chamado assim). É monitorado por
um Oximetro, colocado (o ideal) no dedo médio (nunca colocar no polegar). Esse
aparelho tem um emissor e um captador (ele emite irradiação infravermelho),
existe sangue arterial chegando na ponta do dedo, há uma molécula que esta
dentro da hemácia que é a hemoglobina
que é carregada de oxigênio.
Na hora que essa radiação é
emitida, o comprimento de onda dessa radiação interage com a hemoglobina ligada
ao O2, e ai, como o comprimento de onda é proporcional e compatível com a
estrutura da hemoglobina ligada ao oxigênio, parte dessa radiação ao invés de
atravessar livremente em direção ao catador, acaba ficando presa à hemoglobina.
Sendo assim, quanto mais houver Hb saturada, ligada ao oxigênio, menos radiação
vai chegar ao captador. Depois disso o oximetro faz um calculo matemático,
“emiti tanto, só chegou tanto”, o que ficou é a quantidade, o percentual de Hb
ligada ao oxigênio que ele tem, ai da o valor (99%,100%...).
Quanto
mais Hb ligada ao O2 mais é captada essa radiação e o volume é mostrado no
visor.
É CONSIDERADO NORMAL VALORES ACIMA DE 92%.
O LIMITE CRÍTICO É DE 90%.
MONITOR
MULTIPARAMÉTRICO
1-
Traçado eletrocardiograma e o valor da
freqüência cardíaca
2-
Onda de pulso – representa o sangue arterial
Pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e
o calculo a pressão arterial media (sistólica + 2xdiastolica sobre 3)
3-
Onda de pulso – valor percentual da saturação de
oxigênio na Hb
E do lado mostra o pulso cardíaco, que é um representativo
muito próximo da FC. Porque toda vez que o coração bate o pulso varia na
extremidade, e ai ele mede essa variação de pulso.
4-
(o CO2 está presente quando há exalação, no
final da inspiração a quantidade de CO2 é igual ao que tem dentro do sangue. E
ai o equipamento mede a quantidade de CO2 indiretamente).
A curva em amarelo – na
inspiração o CO2 vai estar em 0. A capnografia é a medida não invasiva da
quantidade de CO2.
Para monitorar O2 e CO2,
ambos, tem formas não invasivas:
Oximetria – O2 (acima de 92%)
Capnometria – CO2 (90%)
E a invasiva será a Gasimetria
Arterial (sangue que vem do pulmão, por isso ele que “diz” como o pulmão
trabalha).
Monitorar é acompanhar de forma rítmica, ou sistemática, as
variáveis que estão relacionadas ao mecanismo de troca gasosa – CO2 e O2.
Avaliar a troca gasosa é avaliar a hematose – a quantidade de
oxigênio que passa do alvéolo para o interior do capilar pulmonar e a
quantidade de CO2 que é removido de dentro do capilar pulmonar para dentro do
alvéolo.
Toda vez que a PaCO2 está acima de 50 o individuo não esta
ventilando bem = Insuficiência Pulmonar Respiratória Aguda Hipercapinica, ou do
Tipo 2.
Toda vez que a PaCO2 menor que 50 mmHg = Insuficiência Respiratória
Hipoxemica do Tipo 1.
Sendo assim, monitorizar o
intercâmbio gasoso é poder dizer precocemente se o pct está ou não
desenvolvendo uma insuficiência respiratória.
Ex clássico de hipoxemia: saindo do ventrículo esquerdo é a
Aorta, o coração através da aorta bombeia sangue para todos os órgãos. Um
paciente desenvolveu ao longo do tempo um quadro Miocardiopatia, ou seja, o
ventrículo esquerdo dele aumentou de tamanho e fez com que houvesse um
afastamento das fibras. O sarcômero propiciando a contração da forca contraria.
Esse músculo insuficiente não consegue bombear a quantidade de sangue adequada
para os órgãos, daí, se esse sangue não vai para aorta vai ficar retido dentro
do coração, no próprio ventrículo esquerdo. Parte de desse sangue vai fazer com
que esse ventrículo esquerdo aumente, só que a pressão dentro do Átrio esquerdo
é baixa e ai ele volta, ai a pressão dentro dele vai passar a aumentar. Quem
está desembocando dentro do átrio esquerdo são as veias pulmonares que vem do
pulmão, a pressão dentro do pulmão é baixa, mas como a pressão no átrio
esquerdo está alta, sendo assim, esse sangue não consegue voltar para o pulmão
e ai parte do sangue começa a voltar pela artéria pulmonar.
Dentro do pulmão tem o
alvéolo, e o capilar agora vai ficar cheio de sangue, assim a pressão
hidrostática vai estar alta; como tem muito liquido vai aumentar a pressão de
água. Ou seja, se tem muito liquido dentro do capilar pulmonar esse liquido vai
começar a ir para o alvéolo.
Como tem muito liquido no interstício o capilar vai ficar bem
longe do alvéolo, quando tem muito liquido, as moléculas de liquido vão se
atrair e promover um aumento da tensão superficial, provocando a diminuição da
produção de surfactante. Daí a barreira de troca ta muito maior para haver a
troca, quanto maior a espessura da barreira, para poder passar o gás, menor é a
troca.
Quando se tem um tipo de edema
alveolar, como esse, importante, o ar até chega a nível de alvéolo, mas não
consegue passar adequadamente.
O edema agudo de pulmão, para
quem tem problema cardíaco, é um exemplo clássico de hipoxemia. A ventilação
está normal, o que está ruim é a membrana de troca.
O oximetro de pulso é um aparelho portátil, que nos permite
através da leitura ótica da quantidade de radiação que chega ao captador, nos
permite dizer qual é a saturação de oxigênio dentro da Hb.
Cada hemoglobina tem em torno de 4 a 5 acoplagens de O2,
então, quanto maior o numero de Hb com todos os postos ocupados, maior vai ser
a saturação.
É um valor que não é 100% de
certeza, ela pode dar valores que pode diferir do real. Existem alguns fatores
que podem diferir desses valores fugirem da realidade, por exemplo:
O paciente precisa ter boa circulação periférica, então
processos crônicos arteriais podem alterar o valor.
Pacientes que estão com muito frio e que fazem
vasoconstricção
Esmalte é um material sintético e na hora que radiação bate
parte dela é refletida
Luz direta sobre a mão, porque
a luz também uma radiação que também tem um comprimento de onda que vai
refletir.
Circulação periférica,
temperatura, esmalte e luz direta!
SpO2 = maior ou igual a 92%.
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